Dentro
do êmbolo da matéria
feito de datas, seres, cores, sons &
sentimentos,
Eu
ando pelas ruas
&
todos os momentos do dia tem um pouco de desamparo.
Todas
as horas
tem um pouco da dormência da meia-noite
& falam da loucura do meio-dia...
Imundos
de tanta pressa & ilusões
Ninguém
que socorre ganha
&
toda a competição é só para esconder insatisfações.
Só
vale a pena vencer pelo amor!
Eu sou
um foco de solidão & completude;
Eu sou
o cerne do próprio querer,
Onde a
alma agradece todo penar & prazer
&
o espírito busca me fazer
esquecer dos medos...
A
falta nos enche de fúria
Teus
olhos me desorientam pelos cantos
Mas a
calma me conta
que irei de vencer pelo amor!
Nem só
de estradas bem feitas
é feito o mundo diante meus olhos.
Eu
vejo abismos & galáxias nos sorrisos
que dou & recebo
Enquanto
procuro nos outros
resquícios de que meus sonhos se realizando...
Cravei
na minha pele
como cravado foi o caos & o nada...
Concordei
em me ensinar
como ensina a beleza & a amplidão...
Que só
se pode vencer pelo amor!
&
é sempre nas tardes que desfaleço;
Por
essas horas que as vagas do dia
cobram em cansaço
o preço de se ser só;
Um
terço da esperança que se perde
em cada quarto da vigília...
Nesse
mundo de pressa & ignorância
Onde
ninguém que corre ganha
&
toda a competição é só para esconder um vazio
Só
vale a pena vencer pelo amor!
E
quando na noite
já sou quase um apelo de silêncio,
Ainda
me enche a força do coração
garantindo que amanhã, com o Sol
seja o dia que for no fim do mundo,
Que eu
ainda posso começar tudo de novo...
A
fúria me fala das faltas,
Teus
olhos me orientam para teus encantos,
Mas a
calma sempre me conta
que só hei de vencer pelo amor!