Sinto
sob meus pés o mundo se movendo
Latitudes
transformando-se
Em
um arrepio intenso que diz
Que
o amor está voltando...
Sinto
na pele um frio de fim de inverno,
&
uma felicidade tola
Instala-se
no meio das pedras
Da
muralha estraçalhada do meu coração...
Campos
devastados
Revolvidos
por ventos rubros
De
folhas secas que foram varridas
Das
estações do inferno que cessaram...
Sinto
encher o peito de vida
Para
mais uma dádiva à morte
Que
não me fará mais uma vez
Esquecer
da arte que me compõe consciência...
Ainda
há o perdão a pedir
Por
sempre ser eu mesmo
&
que me desculpem os que cobram seriedade
No
altar de todas as lutas insociáveis...
As
longitudes dentro de mim
Cantam
uma canção mais forte,
Do
vácuo abismo a se preencher
Só
eu sei a energia que tenho & gastei para Ser,
&
não para parecer!