(& se ela veio somente para me provar isso:
-Que não há nada de grandioso ou de pequeno em mim ou nos outros...
-Não há nada de suprassumo ou de vilenesa em ti, em mim, em nada no mundo...
& tudo escoa para o mesmo ralo da dissipação, da morte, do esquecimento...)
Somos carne animada com pensamentos insanos soltos no mundo, colidindo, dispersando, unindo-nos, separando... somos animais naturais imaturos em movimento inercial rumo à todo nada que podemos abraçar... somos coisas sem nenhuma importância achando que algo tem sentido, que existe o amor, os valores, o bem, o mal, a felicidade, e tudo mais que o falatório insuportável incessante faz-nos acreditar por repetição, medo & mediocridade.
Se há então uma só lógica no mundo, que os encontros servem para verificar, testificar ou negar... ela veio para nada, & cumpriu sua função, assim como eu cumpri para com ela.
Não há nada que nos amarre, a não ser nosso querer, que no final seria apenas uma restrição. Estamos presos & libertos ao que quisermos estar, & quanto mais inconscientes disso mais forte o laço da força do nada que nos compromete com isso ou aquilo.
Atitudes neuróticas & psicóticas mantendo os aparatos naturais, morais, legais, sentimentais, etc., mantendo esse mundo insano de pé em plena & constante queda.
Coisas aparecem, mexem conosco, coisas que se vão & nos deixam na saudade, com raiva, com graça, nostalgia, esperança... afinal é tudo que temos, as reminiscências que ficam & se agregam ao nosso dito ser. Percepções passageiras, ilusões, feridas, cicatrizes, repetições, novidades...
Assim perpetuamos a vida, porque a vida é para nós mais do que simplesmente estar vivo, é existir, acontecer, assim como tudo que acontece em volta, resultado final, caótico, de cegas efervescência quânticas, que em sua estrondante aleatoriedade, causa-nos. & se vai.