Eterno retorno...
O Eterno Retorno é sintoma de algo perfeito que se quebrou.
Aqui nós, em luta incontrolável contra o já acontecido na angústia esperançosa de algo novo... mas o que "novo"? O "de novo"!?!?
O sempre aqui do que nunca se foi & sempre será. Treme minhas pernas & o chão sob elas que chacoalha para impulsionar também o mesmo lugar...
Não há conjunturas. Não há acasos, causalidades definidas, artifícios sintetizados, etc.
Fico a pensar na "primeira vez". A vez fundante de tudo isso, a primeira vez que aconteceu o que depois seria eternamente repetido.
Não houve então a "primeira vez que aconteceu", mas sim o inevitável devir do que devia ser por toda a eternidade que em sua essência seria retornável, encaixando, escorrendo pelas mesmas "frestas trincadas absolutas" do espaço-tempo abertas desde todo sempre, para depois de atravessado, tornar a retornar por essa fresta, essa falha aberta...
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Uma tal falha aberta como cria-ação numa outrora imutável perfeição harmônica que rompeu, rachou... & que só podia resultar uma coisa a ser para sempre repetida como um "filme" da produção dos Estúdios Demiurgo S.A., que disparou para sempre os ciclos de ação por toda o Nada rompido (não se sabe se localmente ou em uma tal abrangente totalidade), aberto como Espaço, ciclos esses conhecido como Tempo.
Por isso o terno retorno é o sintoma de algo perfeito que se quebrou.
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O eterno retorno só pode ser então, o retorno do que devia ser, do que só podia ser...
Não há então "luta", e por que deveria haver "esperança" ou mesmo "angustia"? Se "apenas" passamos (& repassamos) re-ternamente pelo torno da mesma configuração única possível por onde passar, como em um filtro de pedra com um só caminho fendido em si, como dobras & rasgos, filamentos congelados ou concretados no tecido quântico do universo por onde desliza-se o que é, que foi & que será!
Retorno eterno...