O total de átomos no Universo:
100.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.
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Desde sempre até todo o nunca...
Sem se perder ou acrescentar nenhum!
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Assim como a Filosofia & a Poesia, saber da soma de todos os átomos do Universo também não serve para nada. Ou será que você tem alguma utilidade para isso?
Cerca de 90% de tudo que a população Norte-americana compra estará no lixo 6 meses depois.
Daqui a 15 milhões de anos nosso Sol se apagará.
Aproximadamente 5 bilhões de seres humanos seguem uma crença religiosa, crendo existir um ser Criador.
Dentro de todo Buraco Negro existe uma pedra menor que nosso olho e que pesa bilhões e bilhões de toneladas.
Todo o Universo transformado em energia não seria suficiente para quebrar uma única Super-Corda.
Nosso DNA é composto por 97% de genes considerados como “DNA lixo”! Não tem utilidade alguma (pelo menos para os nossos iminentes grandes cientistas).
Faz muito tempo a humanidade pensa ser o centro de todo o Universo, e que o planeta Terra que destruímos é o lugar de toda a verdade sobre a existência.
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Mesmo observando nossa sociedade e todos os nossos avanços tecnológicos & científicos persiste a idéia de que nós estamos aqui desviados de nossa verdadeira finalidade.
Será que nós viemos a existir para simplesmente trabalharmos, sofrer carências, fazer guerras, crescer e multiplicar, defender crenças religiosas ilógicas, nos ofendermos mutuamente, fazer guerras nos matando uns aos outros e cultivar uma profunda ganância?
Ou será que existimos para efetuar outra(s) atividade(s)?
Porém as coisas continuam se desenvolvendo, e a vida de 99% da humanidade se torna cada dia pior, não obstante o discurso veiculado via TV, altares e o vulgo popular nas novelas que a vida é boa, que somos seres livres e participamos conscientemente dos planos de um Deus!
Então por que será que não concebemos dentro de nosso “aparelho cognitivo” uma verdade realmente contundente de que podemos realizar uma irmandade onde as coisas podem ser melhores, independentemente do discurso cínico daquelas pessoas que se acham no direito de decidir por nós a condição onde e como queremos viver?
O que me pergunto se já é irreversível a situação humana diante desse mundo que arregimentamos ao longo da História? Ou se isso é uma fase inevitável pela qual temos que passar?
Mas sei pelo que vivi e pelo que aprendi me dedicando a um autoconhecimento, é que como raça e civilização nós estamos sendo descaradamente enganados e que quanto mais a mentira é evidente mais o grosso de nossa raça se dedica a mergulhar na mentira defendendo-a com todas as suas forças físicas e intelectuais, fazendo com que ela se torne mais forte. Parece que por muito tempo fomos condicionados a cultivar uma idéia de punição pelo que somos e que de tanto crer nisso seremos realmente punidos.
Pois se o que realmente define o alcance de nossa “inteligência” é o grau daquilo que ignoramos, então a idiotia geral fará, por despeito à razão, que sucumbamos no fosso da destruição, e não será a primeira vez.
A informação inútil que dispensamos, ou aquela que elevamos ao status de “verdade” irá finalmente nos alcançar como realidade.
Há informação relevante e importante rondando por aí, certas informações levam séculos até abrir caminho à consciência das pessoas, mas se na hora de a inteligirmos estivermos paralisados e envenenados pela “mentira oficial”, como faremos para por ela em “uso”? Não a poremos! Ela se tornará realmente informação inútil! Quando não nomeada de mentira!
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O que falo aqui é principalmente sobre “Sentimento”, essa é a outra via de toda essa obscuridade. É sobre o que é a realidade na qual estamos imersos, sobre como acessamos a amplidão da realidade, o leque de camadas que compõe interdependentemente o Universo, desde os substratos mais profundos de nossa psique até os confins da fronteira cósmica que agora é possível para a humanidade voltar sua atenção consciente.
Eu falo sobre a verdadeira essência de nossa experiência de existir!
Por isso creio que o mais importante é o sentimento, não só o sentir as coisas, mas o nosso retorno ao mundo daquilo que sentimos. Depois de retornar de cada viagem psiconauta que eu tive (com Ayahuasca, por exemplo, e principalmente) é que eu retornei trazendo no coração um sentimento tão amplo para com todo o mundo, algo que se pode definir com o termo “amor”, mas vi também que depois dessas jornadas de autoconhecimento eu retornei à um mundo que está preparado para me punir por crer no amor de uma forma tão “profunda” assim.
Isso eu sei o porquê! Porque o mundo, isto é, as pessoas, não querem saber do amor profundo, as pessoas querem saber de suas verdades, daquela que os outros deram para elas, mesmo que estas verdades signifiquem submissão e medo, pois é isso mesmo que a crença das pessoas é, complô para o fanatismo indócil e condicionante. E “que não se levante nenhuma cabeça querendo falar de liberdade fora dos parâmetros de minha fiel crença!” pensa o ego.
Realmente parece haver um limite de confronto psicológico e sentimental nessa “frente de batalha” acerca da informação.
A Blasfêmia! A blasfêmia detectada no Outro!
Diante os últimos fatos veiculados por aí podemos definir blasfêmia como aquele agregado da fé que nos condiciona aceitar que a crença incondicional é de mais importância do que a vida, pois se pode destruir pessoas por vingança à uma blasfêmia.
Durante uma época no passado a grande religião ocidental trucidou pessoas porque elas blasfemavam contra sua crença, agora acontece o mesmo com as crenças. Elas são violentas na defesa de suas informações inúteis, as religiões em sua engenhosa produção de ruídos garbosos não está nem aí para a vida, seus altares estão cheios de virulentos contra-blasfemadores em respeito à Vida.
O que pergunto é se devemos dar atenção e gastarmos nossas energias para apoiar o que impõe a morte, a desigualdade, a hipocrisia e a mentira?
O sintoma é que devemos reconhecer que as pessoas estão perdendo a capacidade de sentir! Estamos cada vez mais nos afastando da dimensão vital do Sentimento quando confundimos informação com verdade e doutrinação com comunicação.
No nível do Sentimento a complementação entre informação e comunicação se dá pelas verdades que podemos conceber sem doutrinamento pois a essência da verdade é a liberdade, essa é a realidade consciente onde a blasfêmia não surge nunca. Não havendo a possibilidade da blasfêmia a vida então não corre perigos.
Somos então mais de 7 bilhões de verdades e a blasfêmia está no único ato de desrespeito de qualquer verdade que seja imposta a mais de uma pessoa! Cada um de nós deve cultivar e conduzir a própria verdade e o resto de nós é justamente a informação inútil que complementa o rol de verdade que compõe a verdade maior da vida em liberdade.
Essa é a real interação que podemos chamar “artística” onde se desenvolve a Arte de Viver, não o Dogma, nem a Blasfêmia, ou a Culpa ou o Temor, mas o Sentimento.