murmurados desde a epinóia
que se convulsiona do cotidiano até ao Pleroma da imaginação livre, amorosa,
dinâmica, emanadora, que se quer & quer seu conduto em paragens melhores,
mantém aberta as sendas do sonho, para que não morra o espírito antes do
tempo-findus que lhe deve a existência...
Mas eis que se encontra
exausta (a palavra), quer romper, quer desaparecer, mas aparecer também, quer
se iluminar, tornar-se luz, ser levada pela luz serena, de sentido, sentidos,
sem tidos...
Consciência nova e já
antiga, que erigiu sua mito-poiesis ao longo de uma curta vida que se repete
desde sempre. Eis o presságio do Meio-dia, da liberação dos ciclos repetitivos
do eterno-retorno do mesmo... eis os murmúrios do perdão, da libertação...
Quer-se então simples,
rustica, serena, original, mínima, vazia, caótica ao máximo...
Quer asas de abutre &
ventre de aranha...
& para isso ousa uma
obra, uma ato de emanarte, um manuscrito digital, que seja, um simples rastro
no monumental momento de armazenamento de dados & extrapolações...
Siglas, signos,
escarificações na pele digital, com ímpeto analógico, sempre, pois nosso
arcaico é o analógico, & nada mais antes disso nos cabe...
&ntão compõe um livro
primitivo, livro corpo, livro energia, caderno coisa, casa, lar, vila, cidade,
loja, loucura, locus, logos, lugar... pois o lugar das ideias de um poeta... é
o livro, livro, libre, livre...
Com “palavras” rompidas, que
parem,
ejaculam, alucinam, original
varginalmente,
virgens nunca faladas,
novi-sem-idade, palavras
criminais, marginais,
originais, incestuosas, extra-vagantes, pal-aves ar-tificiais, inaugurais,
inauditas até então...
& nessa forma de
expressão sonorrealista, surreal, irreal, real, mas não fatal, leal, serial...
compõe a obra em movimento... fisiológica, alucinada!
&
é que
existe uma mulher
ela é tudo
corpo, alma, espírito
razão, loucura