Chegamos à um momento da "civilização" que parece que todos aguardam uma catástrofe, ou pior, parece que todos ansiam, desejam, uma catástrofe...
Toda humanidade, imersa na era digital, no compartilhamento de informações, opiniões, fake news, ciência, superstições & esperanças pessoais que nunca se realizam, distendem entre o sonho utópico da era de ouro nunca prometida pela tecnologia & a realidade do total terror econômico proporcionado pela incompetência & mentiras políticas, corrupção, ganância & impossibilidade do sistema de comportar cada luxo desejado das verdadeiras maiorias.
Somando-se a isso, a factível realização do ucase dos "mandatários" na sociedade, perpetrado por facínoras eleitos ou não, que dirigem o rumo de seus povos, encurralados em fronteiras, à conflitos bélicos ou convulsões sociais promovidos só para que eles não sejam julgados por seus crimes ou que mantenham o status das elites econômicas & belicista no eterno jogo de soma zero do capitalismo, que apesar de tudo, ainda é o contrapeso real ao nefasto buraco negro do ideal socialista que está nas mãos dos populistas para justamente salvar seus fundilhos da justiça da praça pública.
Assim, neste cenário de total desesperança, só resta ao inconsciente coletivo mostrar o que todos lá no fundo veem como opção às estúpidas ditaduras do capital, do social e da tecnóloga: a destruição de tudo, a catástrofe... a aposta final & inconsequente no caos que há de nos salvar, de uma forma ou de outra, já que o niilismo foi erradicado do pensamento pelo falatório contemporâneo.
Os tempos parecem convergir para isso, imanetizando o escaton de todas as alas de ressentidos, desesperados, frustrados & porra loucas... pandemias, tempestades solar, efeito estufa, eras geológicas, poluição, terremotos, vulcões, meteoros, IA, conflitos nacionais, internacionais, raciais, guerra cultural, jihad, fadiga de proximidade & cançasso de viver... tudo se afunila para o gargalo da catástrofe iminente.
Nesse cenário, saber sobreviver é mais que um ato de ordenação mental-psicológico, mas sim abrigar o caos que de abrir as portas da criatividade individual, uma mente livre para revolta diante de tudo que nos engole, até que o desejo de catástrofe se torne apenas uma estrofe na canção que embala nossa dança de purificação em volta do fogo...