Naquele velho lugar que não existe mais
repousa a cobrança de meus sonhos recorrentes
sempre presentes
& atuais como agora...
Naquele velho lugar
dorme o passado que não me sonha mais
Os velhos senhores pais dos meus pais
& amigos que se foram...
Naquele velho lugar que não existe mais
a não ser no reino indestrutível do ‘um dia memória’
Me chamam os sons daquilo
do que me diz ‘quem sou’,
pois sou feito em essência do que ali fomos todos...
Daquele velho lugar
me fala a saga que só fala a nós,
Família no familiar remanso de nossas origens,
Que nos perdoe os intrusos dessas citações
mas isso ‘fomos nós’, um dia
& agora somos & seremos, ainda...
Serenos & conscientes dessas lembranças
que nos contam filhos do ‘locus’
muito mais do que do ‘tempus’;
Pois aquele tempo nos abandonou – foi como tinha que ir,
Mas o local ainda reside em um lugar da carne imemorial
que convida o corpo a ali sempre retornar,
nos sonhos escusos da noite escura
que parecem nos convidar também
para que ao morrer, nos juntar
ali aos que também já se foram;
Naquele velho & eterno lugar...
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