Tenho
acordado cedo
Quando
a noite ainda vem se levantando
Quando
ainda falta muito da noite para ceder...
E
tenho visto, enorme,
A
Estrela da Manhã, tão bela, tão ela
Lá,
rumo ao nascente...
Mas
tenho sido usurpado em perigos
Constantemente
pelas madrugadas secas
Pelo
ar, pela água e por traições de deuses cegos...
Abandonam-me
covardemente
Minha
coragem e minha fé
Em
um breve sinal de sonhos maus...
Ao
que me sobra tão só a raiva, a melancolia
E
os programas ruins da televisão
Para
me acalmarem até o sono sôfrego voltar...
Vou
te dizer, vou falar bem alto:
Vou
no rumo da Estrela da Manhã!
Que
por esses dias enorme está quando olho janela afora...
No
seu seio vou me deitar
Em
delírios siderais em sua luz de esplendor
Nela
vou me acalmar, vou acalmando...
Estrela
da Manhã
Bailarina
vespertina
Kypris
transmutadora de todos os males...
Matutino
é o teu fulgor
Matutino
é o teu cantar
Esperança
matinal de ao dia chegar...
Pois
ela além dos pesadelos porta a calma
Pois
ela além do medo comporta a alma
É
tu que porta e comporta na calma da alma... a Aurora...
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