23 de set. de 2013

“Jardins em Flor: Galáxia de Primavera”



Jardins em Flor:
Galáxia de Primavera



= Equinócio de Primavera de 2013=
***


Um mergulho na Inspiração & nas Mirações acerca do lugar onde tudo ganha seu significado à luz do Espírito da Gnose.

“Urge acontecer no mundo,
cobrindo todo o Globo,
uma Primavera Teosófica”


Partes da Micro-Obra:


Os Anéis de Saturno em Flores

Por seu turno
& uma urna de reminiscências de vidas que vieram & se foram
Saturno me visita em sonhos
& seus anéis
   mais do que uma aliança cara
     são flores de um jardim sideral...

& urge o fulgor de meus sonhos
Coisas escondidas bem no fundo de meu espírito
Eu visito Saturno em meus sonhos
& seus anéis
   são instâncias de rosas coloridas
     dispostas no espaço
        como detritos de um corpo astral
          que há muito abandonei na jornada que discorre
entre muitas vidas & outras tantas mortes...



Jardim das Flores

Jardim das Flores
Chão da Rosa
Ali, entre tuas brumas flores, onde Deméter chorou
   & Perséfone sempre volta do Hades
Para lá eu vou, ser remediado
Para lá eu vou me reiniciar...

Muito já me batizaram com Água,
& já me faço batizar pelo Ar.
De Terra eu sou,
Mas ao Fogo quero chegar.
Assim em plena Luz
   o Éter vou edificar...


_______________________________________________________________
Micro-Obra completa aqui:

19 de set. de 2013

Karnak

i

Hoje de manhã vi um gato amarelo,
estava encolhido
em posição de esfinge,
sua face felina era grave
como se uma grande dor o consumisse,
como se ele estivesse entorpecido
pelos eflúvios desse sofrimento;

Ali, na rua, à luz do dia,
imóvel & exposto aos olhos indiferentes de todos
ele morria em sua pequenez
de uma forma que à mim pareceu conter algo de dignidade simples,
um desencarnar cheio de incompreensão & dor,
porque os animais não entendem
porque sofrer
porque morrer;

De sua pequena boca
escorria um fio grosso de sangue
manchando o asfalto que com nada se incomoda,
somado à frieza das máquinas
que tudo trucidam sobre o betume duro,
o pequeno gato
em sua insignificância cheia de profundo existir
abandonava este mundo
ganhando todo sossego
que a clara luz da passagem
pode doar no fim de qualquer existência;

ii

Mais tarde
desenterrei pirâmides em um ferro velho
como se fosse o sarcófago astral do gato amarelo,
um portal transcendental para a alma felina,
para que no submundo
galgasse sorte melhor
do que morrer sem sentido,
a pirâmide aponta para isso
caminhos humanos devendo se tomar,
Será que entender o sofrer & o morrer é destino melhor?

iii

Quando o dia já era velho,
em um mesmo tipo de sarjeta
onde vi o gato sangrando pela boca,
assisti três crianças
se banhando na vala de um bueiro de estrada,
eram três crianças miseráveis
eram três reis, três faraós, três múmias vivas,
sepulcros ambulantes dessa civilização
banhando-se no rio subterrâneo dos bairros pobres;

iiii

Esse grande sarcófago que é a cidade
abriga em seu labirinto encantado
a dor & a injustiça,
diante sua sedução urbana
eu sempre fico a me perguntar:
“Quando deixaremos de amar a cidade?”

Os gatos trucidados
& os meninos explorados
querem saber, em sua morte diária:
“Quando começaremos a amar as construções de nosso espírito?”

A necrópoles disfarçada
só aumenta o peso de sua lápide
seduzindo & querendo fazer nos orgulhar
da grandeza da cidade,
auto-vias, sarjetas brancas, engarrafamentos,
poluição, lixo sobre lixo...

A necrópoles se esconde em nossa consciência
como um verme nas entranhas do pensamento
& quer se apossar dos campos de nossa imaginação,
animais esfolados & pessoas miseráveis
colorem o concreto & o vazio de sentimentos
para dar significância ao aglomerado inumano;


v

A chacina & a humilhação diária prossegue,
prosseguirá, infindável,
o sangue dos gatos & os banhos dos meninos no esgoto
tem seu lugar apropriado,
tudo vai ao ritmo do ocaso,
ao fundo uma música de motores & ventania de poeira...

Hoje, quando o dia terminar
um gato a menos vai sofrer
& três fantasmas a mais vão seguir
rumo ao destino da necrópoles,
serão todos cadáveres ao ar livre...


“Bem aventurados sejam os gatos que morrem pela manhã.
É deles o portal da grande pirâmide
que há de abrigar as almas nulas
dos que vivem & partem com felina dignidade,
sem tomarem parte de mais uma calamidade.”



11 de set. de 2013

9/11 - Zeitgeist – “palavras finais”

Todo o sistema em que vivemos, leva-nos a acreditar que somos impotentes, fracos, que a sociedade é má, cheia de crimes, e assim por diante... É tudo uma grande mentira!
   Nós somos poderosos, belos e extraordinários. Não há razão para não percebermos quem realmente somos e para onde vamos. Não há nenhuma razão para um indivíduo normal não ser realmente forte. Nós somos seres incrivelmente extraordinários.

“... e eu a pensar que gastei 30 anos da minha vida, os primeiros 30 anos, tentando ser alguma coisa. eu tentava ser bom nas coisas, bom ao jogar tênis, na escola e nas notas... e tudo parecia-me correr nesta perspectiva, eu nunca estive bem comigo mesmo, mas se fosse bom nessas coisas, aí percebi que estava fazendo tudo ao contrário. O que eu devia era tentar saber no fundo que eu realmente era...”

   Agora, na nossa cultura fomos treinados para que nossas individualidades se destacassem. Por isso você olha para cada pessoa e ela é imediatamente mais esperta, mais burra, mais velha, mais nova, mais rica, mais pobre, e fazemos todas essas distinções dimensionais, pomo-las em categorias e tratamo-las dessa maneira e chegamos ao ponto que só vemos os outros separados de nós e do modo em que eles estão separados.
   E uma das características dramáticas desta experiência é estar com outra pessoa e de repente reparar nos aspectos em que ela é exatamente igual a ti, e não diferente de ti, e experimentar o fato de que aquilo que é a essência nela e que é a essência em mim, é uma coisa só, o compreender que não há um outro. Somos todos um só!
   Eu não nasci como Richard Albert, eu nasci apenas como um ser humano,  e só depois aprendi essa história de quem sou eu, do serei bom ou mau, do alcançar ou não... Tudo isso eu aprendi ao longo do caminho...

   “Quando o poder do amor se sobrepuser ao amor ao poder, o mundo conhecerá a paz.” Jimi Hendrix

   “As velhas apelações ao chauvinismo racial, sexual e religioso, ao furioso fervor nacionalista estão começando a não fazer efeito. Uma nova consciência começa a se desenvolver, que vê a Terra como um só organismo, e reconhece que um organismo em guerra consigo próprio está condenado...” Carl Sagan

   Bill Hicks costumava terminar seus espetáculos assim:
   “A vida é como uma viagem num parque de diversões. E quando optas por viajar, julga ser real, pois é o quanto poderosas nossas mentes são.
    Na viagem sobres e desce, andas em circulo, tem emoções fortes e é muito brilhante e colorida. Há muito barulho e é um bocado divertido.
   Alguns viajam a muito tempo e começam a questionar: Seria isto real? Ou é apenas uma viagem? E outros lembram-se, viram-se para nós e dizem: Ei! Não te preocupes, não tenha medo, nunca! Isto é só uma voltinha!
   E matamos essas pessoas!
   Calem-no! Investi muito nesta viagem! Calem-no! Olhem para minha cara de chateado! Olhem para minha conta bancária e para minha família... Isto tem que ser real!
   É só uma voltinha! Mas matamos sempre aquelas boas pessoas que te tem dito isso. Reparaste? E deixamos nos entregar à animalidade... Mas não importa, porque é só uma viagem.
   E podemos mudá-la sempre que quisermos. É apenas uma escolha. Sem esforço, sem trabalho, sem profissão, sem poupanças. Só uma escolha, agora mesmo, entre o MEDO e o AMOR.

   A Revolução é agora.


Sugestão para você assistir nesse 11 de Setembro:

5 de set. de 2013

Tornar o amor real é expulsa-lo de você para que ele possa ser de alguém

Assim como dizem que um Anjo outrora nos expulsou do Paraíso...
& como pelo ventre de nossa mãe fomos expulsos de seu útero...
Como um dia o Verdadeiro Deus concebeu uma noção
      para que existíssemos
         & assim nos expulsou em seu pensamento...

Tudo que há em todos os universos
É expressão de uma solidão,
De um banimento, uma expulsão...
Mas contém em si uma promessa de retorno,
Tal qual filho pródigo,
Dizer tchau & partir
   é o mesmo que chegar & dizer olá.

Só assim lidamos com o Verdadeiro Amor!

"Quem vai dizer tchau?" 
(Letra: Nando Reis - Vocal: Eliana Printes)

Quando aconteceu? Não sei.
Quando foi que eu deixei de te amar?
Quando a luz do poste não acendeu
Quando a sorte não mais soube ganhar
Não..
Não foi ontem que eu disse não..
E quem vai dizer tchau?
Onde aconteceu? não sei.
Onde foi que eu deixei de te amar?
Dentro do quarto só estava eu
Dormindo antes de você chegar..
Mas não..
Não foi ontem que eu disse não..
Mais quem vai dizer tchau?
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Prá que ele possa ser de alguém!
Somos se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais.
Houve o que houve é o que escondem em vão,
Os pensamentos que preferem calar,
Se não, irá nos ferir um não -
Mas que não quer dizer tchau.
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Prá que ele possa ser de alguém!
Possa ser de alguém
Possa ser de alguém
Ser de alguém!
Oh! Não!