o
~ do til
o
ar da boca
a
luz do escuro
o
pó do chão
o
vago das ruas
a
inutilidade do que está vazio
a
presença dos mortos
lembranças
do que passou
os
pingos dos ii
os
atos falhos
os
textos inteligentes
os
desenhos de Dali
as
juras de amor eterno
os
olhos que se confundem
haicais impenetráveis
a
infinitude do universo
o
desvio para o azul
o
desvio para o vermelho
as
estrelas frias
os
neutrinos do sol
o
conceito de tempo
as
crateras do lado escuro da lua
estrelas
cadentes que ninguém vê
o
monge incendiado
os
gastos dos mendigos
os
lixeiros da cidade
as
orgias dos drogados
a
solidão do poeta
o
paradoxo da vida
o
holocausto humano
guerras
para justificar a civilização
a
vida dos gatos da cidade
os
séculos do carvalho
os
pássaros em gaiolas
os
esgotos que dão nos rios
a
comida inventada
os
cães atropelados
a
memória dos elefantes
datas
inventadas
crimes
postergados
dividas
vencidas
amores
impossíveis
apêndices
da alma
geometrias
não-euclidianas
crises
financeiras
cirandas
inúteis de suor e sangue
o
s do silêncio
o
a da angústia
o
d do desejo
o
& da ampulheta
os
aa de ana
e
o h de aga?
e
o g do ponto?
e
o x da questão?
os
ventos de agosto
as
chuvas de abril
o
sol de setembro
o
carnaval de fevereiro
o
equinócio
o
solstício
a
lunação
e
o eterno retorno
o
eterno sobre o eterno
o
impossível de se pensar
o
Deus de Deus
a
eterna jornada
escadas
que não tem fim
sentidos
que se invertem
agruras
da datura
mil
platôs para o espírito se perder
e um peso enorme que se dá em existir.
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