“Eu entendo a Noite
como um oceano
que banha de sombras
o mundo de Sol...”
Zé Ramalho
(Beira-Mar)
Noite imanente
domina tudo que há,
O repouso profundo da criação
Nela habita como aborto,
o eternamente acontecido....
Imperturbável perfeição
sem nome e sem acesso
Eu com palavras apenas sonho
infames formas de te diminuir
para que caiba em minha imaginação...
Que acidente inconcebível?
Que erro voraz
fez conceber de ti a ferocidade da luz?
Mistério nenhum há aqui
Inconsciente noite
sem ligar para seus próprios sonhos
Deixou perpetrar o erro que é a
realidade...
pois não há por que
naquilo que é capaz de ter porquês!
Noite imanente
ainda domina tudo que há
Enquanto aqui, no vão de um abismo,
nós nos iludimos que exista sentido
na existência
Só porque a luz a circula insana
por entre artifícios de informação
desconexa.
Micro-obra: Liber NOX
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