A
aurora com seu voo de coruja
crava na borda do horizonte
seu ninho de luminescência...
A
aurora com suas asas de mariposa
adentra a noite arrancando do escuro
a dádiva de lúmen que a consome,
A
aurora com seu canto de cigarra
ruge nos ouvidos dos adormecidos
o zunido do alvorecer.
Vaga-lumes
& lumes vagos se escondem
junto com as estrelas e meteoritos
atrás do orbital véu azul transparente,
Estranho
canto...
Estranho
esvoaçar...
Melodia
de pranto...
Rasante
encantar...
Charnecas
no precipício
que o novo dia escala...
Agita
tuas asas áureas
& dispersa a escuridão
na revoada dos pássaros
que vem te devorar,
Arraias
celestiais & morcegos notívagos dissolvem-se
junto com cada pecha de pez do céu
inescalável
guardando os mistérios dos sonhos
uranianos...
Abra
os olhos dorminhocos,
que lá fora o sol imóvel se levanta...
É
o mundo que gira, é você que se curva
no encrave de mais um dia...
Aurora,
Coruja de Minerva
Algoz
da madrugada
Vem
& vê
o dia que passou,
Inaugura
um novo tempo novo...
Corujas,
mariposas, cigarras, vaga-lumes & estrelas vão dormir
Enquanto
a aurora tira de perto tudo que é de se despertar...
Indo
para longe penhascos & horizontes.
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