“Por que a flor inexistente é mais flor que
todas as flores,
por
que a Criação já pode criar somente através do homem,
por que é somente através de nós como agora
que há criação?”
Rilke
A
Flor Inexistente
Desabrocha
diante de meu olhar fechado
Traz
a mensagem carregada de coisa nenhuma...
Estou
no centro do círculo
&
daqui enxergo todo o desfile de i n s i g n i f i c a d o s
Crio
a mim mesmo, destruo a mim mesmo...
Fala
a fonte do oceano eterno dentro desse corpo
Sobre
aventuras percorridas sem nenhuma novidade
Que
encantam o espírito, chamando-o de volta ao lar...
Nada!
As
paredes da realidade são construídas de energia negativa
Nossas
agruras são os únicos sucessos que teremos
O
eterno retorno às vezes vacila
Para
engendrar na senda uma flor que desvia-nos do caminho.
São
crateras de espinhos gozosos
São
arquiteturas de açúcar & fel
Véus
de cores incolores,
Lugares
nunca vistos tão comuns...
Deus,
morto, na encruzilhada do tempo
Ainda
vive dentro de cada um
Que
o nega em sua crença tão arraigada
Que
ele esteja sempre ressuscitando...
Não
há sentido nenhum na vida
E
isso me enche de alegria;
O
mundo pode ser aquilo que eu digo que é:
Pensamento
de um demiurgo
Eternamente
ecoando em um lugar sem por que!
Eu
só sonho
Para
marcar minha presença
Em
um círculo fechado
Que
está preste a se desfazer.
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