Não divido com ninguém meus dias tristes,
Eu os saboreio, dieta de fome,
Servido em funerais, orgias & carnavais...
Não divido com ninguém meus momentos profundos
Eu os sorvo, ar de afogado,
Arfado no éter, abismos & vulcões...
Não divido com ninguém meus sonhos contigo
Eu os revivo dias a fio, navalhas,
Sofro, alegro-me, me desespero...
É porque tenho carne para cortar
tenho coração para sangrar
& espírito para sentir
Estas coisas para as quais
nada basta...
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