15 de out. de 2019

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Tenta-se matar a flor
sob o peso do silêncio
que inquieta o coração,
Joga-se ela de novo na sarjeta
esperando que seque
com o fogo de antigos pecados,
Ou lhe retira o hálito
sufocando-a de palavras não ditas
& gritos não dados,
Mas...
Não se mata uma flor,
apenas se esquece do seu perfume
desencanta de sua cor
& do veludo da pétala,
Na aridez da distância
só fica o afinco
com que o espinho perfura
& a lembrança do tremor
que o colibri nela causou
quando sugou de sua essência.



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