Brutos embriagados
em bar algum da cidade
Com tesão em corpo nenhum
mas na voz que declama suas palavras
Como se fossem desejos inauditos
de um ato inaudível
que acontece um público
& ninguém vê.
Falamos flores gozando espinhos
Dizemos amor impondo loucura
Gritamos tudo flertando nada
Escrevemos palavras cravando silêncio
& sentidos totais na precariedade
do absoluto...
nem tanto o que sinto
o que dói sentir...
nem tanto o que expresso
o que não me envergonho
de expressar...
Não se constrói poemas
Destruímos o mundo
Distribuímos problemas
Na caridade do belo
que ninguém atreve... enxergar!
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