Dias fora do tempo
nos põem em lugar nenhum
Deitados em farpas macias
incomodados em estar
Nada conforta
é tudo desconexo
Dias fora do tempo
não somos o que éramos
Deitados em farpas macias
mesmo assim saberemos
Nada conforta
nossa doença existencial
Padecemos de auto-abandono
em lugar nenhum
Pairando à deriva
incomodados em estar
Repousando na pressão
é tudo desconexo
Me chame por outro nome
não somos o que éramos
Um dia nos veremos de novo
& nao nos reconhecermos
Tudo acabou
& nem percebemos
Não foi com estrondo
nem com ranger de ossos
Foi respirando
ouvindo os pássaros
Dias fora do tempo
noites sem espaço
(Me encontre ao ar livre... na borda da cova...
não tenha medo... apenas acorde...)
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