ronrona no telhado da sublimação
um carinho de fera-fada...
Ali te toco sob a luz fria do luar
que não te incomoda com branduras:
Um beijo, um arranhão, um tapa! Alturas!
Tento ser indiferente,
mas espero um amor
que não precise de álcool
para ser ousado, apaixonado,
Longe, perto, dentro, fora... leve fado...
Aguardar, não escolher,
É ter a certeza do certo para si:
Nem ideal, nem pior, nem melhor,
Apenas saber
que toda dor do coração por que passamos
foi para nos conservar, preparar,
para momentos em que o sorriso
dos 'sim' para tudo
Faz saber que o amor (fati)
é aquilo para o qual
todos os 'não' nos aprontaram,
& assim ser melhor, ou antes, únicos:
Um para o Outro...
Corpo coletivo do fogo
crepita no matagal da paixão,
Não é fogo de palha, não é fogo no rabo,
É fogo de combustão!
Só quem sente sabe o que inicia
a faísca do Espírito:
...Purificação!
Felinos-igneos que somos,
Não fogo-fátuo, eletricidade,
apesar da antipatia à líquidos,
desconhecendo espaco-tempo, idade,
fugimos também de tolos incêndios,
loucuras, vulgaridade,
& repousamos na candura
da sobriedade que é
Saber amar, fazer sorrir, gozar!