& quando acabou era noite...
Despedimos o dia
em nome da tormenta
& gestamos no útero do furacão
o desnorteamento da luz
para recebê-la na escuridão...
& ela, como boa loba,
nos deu o calor de suas tetas
junto ao labor carnívoro
do deguste que exije
fogo & sal
para o prazer da consumação...
Nos perdemos um no outro
quando o sol se pôs mais cedo
& lavamos na água torrencial
nossas cicatrizes internas
que mais coçavam de prazer
do que doíam...
Noite, mãe de tudo
onde a tempestade órfã
foi penetrar,
Noite, mãe de todos
aceita & recolhe o caos de quem
em nome do caos vem fornicar...
Ronda a tempestade
os fulcros calmos da escureza,
trilha em desassossego
rumo às colisões macho & fêmea
que se ferem & permutam
em vendavais & floresceres...
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