Sobreviver à própria vida
estando inconsciente ao jogo
cruel & banal
do cotidiano...
(Ela mergulha cega
em cada renúncia,
em cada peso sobreposto
na apreensão ao acaso
de ser quem é...
& dispersa
inconsequente
em si
não se reconhecendo...
Eu sou atraído
como matéria morta
pelo buraco-negro
no centro dessa confusão galática...)
Eu imagino, só me deixo levar
pelas colisões aleatórias
que formam um novo drama
Um antigo novo drama
no repertório casto
do eterno-retorno...
& releio as memórias
redefinindo o presente
eu caio
na dança-tonta da realidade...
& remassacro
velhas falhas
nas quais estou em repouso
Na velocidade estonteante
do espaço em que se percorre
abaixo da luz das estrelas
Repasso lugares diferentes
& sorvo do Corpo de Glória
conspurcado de outra mulher...
Todos no mundo
estão doentes
insanos casos sem cura
causados pela existência
Mas ao me alinhar à você
busco a imensidão do erro
que sou chamado a corrigir
dentro & fora
deste todo nosso
Kali-Yuga.
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