Na penumbra
cantamos uma canção
Quem não canta
escuta a letra
& é a mesma forma
de oração
ao nosso desespero
Espíritos passam por ali
fileiras de exilados de algures
dos quais somos o eco
& ressonância...
Na penumbra
bloco incompacto de passado
Penetramos & ficamos
quietos como os mortos
Esperando algo se romper
de forma suave
como o véu da embriagues
Almas se arrastam por ali
fio elétricos do gozo do deus
do qual somos miragem
vistos de outra dimensão...
Na penumbra
cumprimos nossa pena
Necessidade & fome adicta
sempre, de coisas que não temos
& damos à sorte
o poder de perpetrar
todo nosso azar
Corpos fixam-se ali
fados pesados do vir-a-ser
dos quais somos prisioneiros impróprios
até tudo acabar...
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