Cada dia, a cada hora, cada segundo
nossa vida finda
ou recomeça...
Abre os olhos de manhã
com o peso do sono
nas pálpebras,
Nossa memória é de uma leveza
tão espontânea
que re/carrega tudo que somos...
Essa continuidade não é recomeço
é um fim
& está sempre no precipício das escolhas;
Nós saltamos no abismo do sono
& caímos até o fundo
onde acordamos de novo,
É uma altura impossível
para além da altitude das nuvens
lá naquele quase vazio
De onde tudo que cai no mundo
começa a queimar
& se desintegrar em fogo & estrondo...
Assim é despertar
assim é recomeçar
cada dia, a cada hora, cada segundo
Lembrando imediatamente
o que somos & o que não somos
na queda que é a vida...
Porque tudo que há aqui
entre nós, em nossas mãos, no coração
é pedra queimada de outro lugar
que caiu & sobreviveu.
Efêmero
cadente
brilhante!
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