Esperando coisas vazias de gente vazia para quem ofereço nada...
(no nível da fútil troca que desqualifica tudo
que aprendemos egoisticamente ou
benevolentemente como transação justa)
Desesperando sem exasperar, seguimos inquietos de uma forma quieta por entre a atribulação...
(na turbulência inculta exalada das pessoas
para os lugares & dos lugares para as
relações, dessignificando tudo)
Apenas sendo o nada inato que todos somos, em uma folga constante daquilo que fingimos ser...
(um esforço hercúleo na preguiça do amor,
da paixão, dos pêsames, da fome & da
melancolia das vísceras)
Mergulho recorrente na insatisfação que parece nos nutrir de permanência...
(ficar quieto na situação incomôda onde
nem a muita dor nem o pouco prazer faz-
nos mover)
Enquanto vamos afundando, nos esquecendo de tudo que devíamos ter aprendido...
(repetindo hábitos, recorrendo à erros
repassados, insistindo na desolação
cotidiana da falta de felicidade)
Já não tem nada a nos oferecer, agora trocam conosco promessas que não podem cumprir sobre aquilo que não conseguimos alcançar...
(vendem-nos caro então a própria
frustração que cultivamos)
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