Habitam no ruído do espaço sendo moído
& medem o tempo com música
Ouvem as horas passar
& os anos sinfonias
soam como oceanos a retumbar
Ah! & o silêncio? O descanso do silêncio
que quase nunca está presente
& não faz o tempo parar
Sempre no intervalo entre dois instante
interligados instáveis
pelo estalo de um beijo
ou o eco de um adeus
Sileciamos...
Habitam no que faz o impulso da dança
& medem a felicidade no impacto
& celeumas que o baile incorpora
Ouvem as batidas do coração
imaginando supercordas à pulsar
A vida sendo então
só uma recusa à não se aquietar
Ah! & o silêncio? O descaso do silêncio
essa temerosa canção de ninar
Resposta de todas as perguntas
a nos embalar
Sempre na vala do abismo
cuja a ponte é só um canto arco de cores no ar
Um coro suspenso cujo refrão é a vida
& nós o começo & o fim
de um poema a reverberar
Até silenciar...
Habitam no ruído suspenso do espaço
& medem o tempo & seu humor com música
ouvem os instantes trincados se emendarem
& os séculos se perderem em terremotos
tudo soando como o bolero a se acabar