Depois de mais uma derrota do pensamento & da ação
só resta o refúgio na violência
na impraticidade da não resistência
que não me acalanta nem dói
como devia fazer pra adormecer.
No mesmo lugar
nos mesmos restos de lembranças
que me acusam do crime de não olhar
de procurar a desnecessariedade
do perdão do pecado imputado & herdado.
Ainda vive o bom
o bem banal que me reforça
no permanecer... mais um pouco
sem originalidade
Apenas compaixão, apenas medo.
Que se ergam os sóis de cada dia
eu estou só por mais uma órbita total
desse eclipse de degeneração
sendo que talvez a disciplina
me desse poeira de felicidade.
Vêm, acusador último da casa decimal simples
vêm logo para que a urgência me destroce
que eu pereça por falta de coragem & genialidade
Mas meu último suspiro ainda permitirá
uma súplica ao caos... & ao nada...
“Faça-me Estrela!”
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