11 de abr. de 2011

Tempestuoso colibri

Naquela tarde em que tudo era uma chuva só lá fora,
Nesse dia em que o êxtase das tempestades caia aqui dentro de nós,
Eu observava o cume de uma árvore
     no deleite de um sol que à tudo clareava
          mesmo com tais brumas grossas de nimbos
               ocultando todo o azul & branco do céu;
Esse azul & branco que é do Sol também... Inocultável!

E naquele momento de expansão,
Atordoada & mansa você se sentou pelo caminho.
Ali eu quis lhe falar, eu quis lhe mostrar os cumes das árvores,
Mas respeitei aquele momento,
Respeitei esse nosso momento de elétrico êxtase silencioso & tempestuoso
      quando somos dia & noite, quando somos lua & mar;
Essa tempestade calma que é do Sol também... Indefinível!

Eu quis lhe dizer
     que sob a chuva & a claridade no lugar mais alto das árvores
Haviam ninhos de beija-flores...

...E que todas essas nossas torrentes tempestuosas
      são apenas o bater de asas de um beija-flor dentro de nós! 

e.m.t

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