Vivo todos os meus dias
cada hora, cada minuto
esperando para comer o banquete frio
que saciará a fome de minhas
saudades…
Espero aqui,
onde o oceano negro da vida
quebra em ondas de clamor nas pedras do
caos,
o naufrágio final de meu corpo…
Uma partida sem despedida
Uma saudade, um imenso vazio
Não sou tão forte como pensei
Mas sou o melhor que posso ser
Imortal no desespero diante da vida
Imortal no desespero diante da morte
Eu sou a calma no fundo do
mar
& o peso imenso da pressão é meu
pensamento
Negro & sem som
é o sentido da corrente que me leva inteiro
De volta ao astral onde nos
encontraremos de novo…
Eu sou o vazio do éter sideral
& a leveza do vácuo é minha ação
Transparente & sem som
é o desapego da nulidade que me leva inteiro
De volta ao Pleroma onde
seremos só um
Uma partida sem despedida
Uma saudade, um imenso vazio
Não sou tão forte como pensei
Mas sou o melhor que posso ser
Imortal no desespero diante da vida
Imortal no desespero diante da morte
Espero, digno &
insano,
onde o oceano se torna ridículas gotas
para ajuntar em furor & serenidade
cada pedaço de mim que os Arcontes
brincaram de existir
Morro todos os dias
a cada momento, a cada respiração
só para poder estar de novo do outro lado
& fazer os deuses saberem o que é
ser
Homem & Imortal
Uma partida sem despedida
Uma saudade, um imenso vazio
Não sou tão forte como pensei
Mas sou o melhor que posso ser
Imortal no desespero diante da vida
Imortal no desespero diante da morte
Nenhuma dor, por maior que fosse, me matou por inteiro
Mas morri aos poucos, de loucura & falsos apegos
E depois de morrer em pedaços
Ainda existia a força imortal
Sem nome, sem corpo, sem princípio nem fim
Que me falava em silêncio
Que o espírito era ódio
Revolta contra a existência
O espírito é minha divindade
Rebelde contra todo esse desnecessário sofrer!
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