todo & qualquer vazio que lá se
auto-definia 1
O centro escapou em uma órbita louca para o lado escuro
É o nada do nada
O sentido conflitante de tudo que é
Carência & fartura que a alma abrange
O carrossel da vida
a galaxia
a constelação 2
Colapsam
Eclipsa & submerge, dispersa
em uma aurora
obscura…
O brilho das
estrelas se mostra estranho 3
Fosco nos olhos em transe
Aqueles olhos da sentelha que se dilacera & apaga…
Com a mente entorpecida
Deslocada da essência que é a senda que o espírito
percorre
O corpo pesa mais do que nunca
& a lentidão se apega à existência
como goma que
não adere mais
Não há palavras que definam
o sentido de
alheiamento,
que todo
espírito, que já é um estrangeiro,
queira
definir com gritos ou sussurros
& assim subimos pela rua do silêncio até nunca mais…
…até que:
Qualquer ato prove seu sentido quando tomado,
& o sorriso seja sempre graça mesmo que doído,
A vontade esteja certa com a sua coerência,
& a fé seja de novo a dança ao som do hino, 5
Onde o corpo recupere o seu centro de gravidade,
& o amor seja de novo, ou pela primeira vez,
afronta contra
todo tipo de morte.
1- "Trinta raios se unem em uma roda. Mas o funcionamento da roda depende do espaço entre os raios. Os vasos são feitos de argila. Mas seu uso também depende do espaço vazio dentro deles.
Fazem-se as paredes, as portas e as janelas nos edifícios. Mas o uso destes também depende do espaço nele. Desta maneira, se vinculam o uso dos objetos com o espaço vazio". (Lao Tse - Tao Teh Ching)
2- “Quando eu digo que as “constelações foram surgindo de acordo com a
própria evolução humana”, sendo que as Pequena e Grande Ursas e o Dragão
(Polares) surgiram com o próprio MONTE MERU, etc, deixo à descrição ou
bom entendimento dos V. Munindras a solução do problema, isto é, que
todas as constelações estão ligadas às funções vitais do Globo
Terrestre, e seres que nele habitam (como prova ZIAT ou ZAIT o ter em
relação aos Tattvas, etc), por isso mesmo cada uma delas ser um
verdadeiro barômetro cósmico, em relação a semelhantes funções (com
vistas ao plano vital ou de Prana, Jiva, etc), que os próprios antigos,
seja na Atlântida como no Egito, Índia, etc, preferiam denominar de
“profecias”.”(José Henrique de Souza)
3- O Demiurgo criador aprisionara as partículas
da Divindade em três cárceres: a matéria, a razão e a moral.
Para a Gnose, a matéria é considerada má por
ser a causa da individuação e da limitação no homem. A razão enganaria o homem, pois, por meio
dela, o homem compreende o mundo, construído como inteligível pelo demiurgo.
E, compreendendo o mundo, o homem pensa que ele é bom. Compreendendo o
mundo, qual cômoda gaiola de ouro, o homem se considera feliz em sua prisão
cósmica Portanto, a inteligência enganaria o homem. Uma intuição mística é
que o libertaria dos laços da lógica e do silogismo. A moral, explicitada nos dez mandamentos,
seria a lei do Demiurgo mau. Como disse Lutero, seria preciso abolir todos
os mandamentos, porque a lei de Deus fora dada a “Moisés, servo do Deus do
Mal” (Cfr.F. F. Brentano, Lutero, Ed. Vecchi, 1943, pp.22).
4- "E
agora responde ao Meu dançar! Veja a ti mesmo em Mim que falo; e vendo o
que faço, guarda silêncio sobre os Meus Mistérios. Se tivesses sabido como
sofrer, terias o poder de não sofrer. Conhece (pois) o sofrimento, e
terás o poder de não sofrer." (GRS. Mead O Hino de Jesus - Um Ritual Gnóstico)
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