Baixados na rede
manifestos espectrais
assinados por verdadeiros
pseudo-Shakespeares
Onde se plotam links fractais
para arremedos medonhos
dos fundos-perdidos
de uma obscura Clarice
Verdadeiras
teorias
conspiram até os poros
a favor da satanização de Cristo
Bugando cruzamentos de megabites
onde arquivos-mortos
de planos-B em 3D alienigenas
Revelam
as engrenagens calendáricas
da próxima data do novo apocalipse
Legiões
de Caetanos mortos
ressuscitam epigrafes certeiras de Vilas-Lobão
nas lápides de cemitérios de Zuvuya
Perto do litoral onde Raul destrona
Elvis
da prancha quântica
moldadas por linhas de Lennon
que a última ressaca de Cobain regurgitou
Todos
cantam em coro
em um tape digital apócrifo de um réquiem
desenterrado semana passada
do volume-morto superficial
No
recém-re-edificado
Templo de Salomão
O qual fora erguido por sepulcros
caiados
fantasiados de fariseus
Temendo
o próxim dilúvio analógico local
O
bigode de Nietzsche é transportado
da seção Suméria do Museu do Louvre
para a casamata ao lado
do tumúlo de Lúlios Vernes em Nantes
Protegido enfim dos piolhos de
Leautréamont
o bigode descansa em paz
na cabeça do esqueleto de Foucault
Embutido
em pílulas
e dissolvido no suco elétrico de uma McShake
O
DNA de Dolly
revira em gravidade zero escadas de Jacó
em uma capsula rumo à Sirius
O
foguetão que a leva no porão
revolveu com suas asas de borboletas
as areias do Sinai
Desenterrando
uma base Annunnaki
que entupia dezenas de poços de petróleo
Um
mal-compreendido Newton
declama poemas gravitacionais vaginais
censurados pela mediúnica boca fálica
de Austin Osman Spare
Um
santificado Blake
pinta toda nudez beethoviana
com uma pena do Anjo-Pavão
Retorcida pelo Sol que agora jaz
& goza
na morada líquida de Aquário
Em mil blogs ninfetas anoréxicas
revitalizam com libações de dedos na garganta
a moda da década
passada
Decadência
suscitada
em fios irrecicláveis
De
plantações de algodão invadidas
por sem-terras desnutridos de ideologia
susbstancial
Refluxos
atlânticos atávicos
a partir do ponto de naufrágio titânico
no Triângulo das Bermudas
Influenciam
indigestões pacifícas
levando à foz do Ganges
uma pororoca de ossos de cadávres hindus
Ao
mesmo tempo que encanamentos clandestinos
unem subversamente
as águas dos Mares Negros & Vermelhos
Engrossado
pela saliva kosher
de milhares de sionistas armados até os
dentes
O
tempo pára no Sol
& se acelera na Terra
Reflexos de espaços extendem-se
& se contraem
no espelho mimoso da Lua
Enquanto tal brilho descolore
a ilusão do sorriso de Monalisa
junto às ancas beliciosas de Bianca Beauchamp
Revoa um vendaval-tsunami de
cinzas
enchendo os céus mediterrâneos
no apagar das fogueiras ascesas que não
queimaram o Voynich
Ascesas em nome do bom Papa Inocêncio III
Espalhando
a febre Occtânia
até os desertos afrodisiacos
que o ebola faz enfim se enseminar
Santos
de casa engrossam as filas
que enchem estádios de concentração
onde se degladiam Brasil & Alemanha
Adiantando
o ópus da
Besta de 7 cabeças
que Isis não abençoa & nem quer encarnar
apesar das cabeças decepadas pelo Estado
Islâmico
Todo
esse fulgor evanescente
acenta enfim no trono de Nebadon
que são as confluências de grandes
buracos negros
Que
varrem o lixo de todo
o universo
de novo para o nada da inconsciência do Caos
De
onde nós somos os fundadores
da digreção de sentido
que não dá mais nenhuma informação
&
declara solene o sonolento Anjo do Mahapralaya:
“Que se inscreva tais palavras
no prologo do Livro das Faces!”
&
que se encerre essa feira cósmica
que prova a futilidade
de toda inteligência humana.
Consumadum este toda distância
que as vias digitais atrofiaram!
&
enquanto o mundo desmorona
“- Os
comerciais, por favor!”
diz a criatura asquerosa e risonha.
(Agora,
quanto a mim,
com licença!
Vou
sair para dentro de mim
& beber um cálice transbordante
de neutrinos…)