Não tenho mais
nada a dizer
porque o que mais me abisma nesse momento
É um
sentimento...
Não encontro
palavras, & eu mesmo não as procuro,
tampouco caço expressões, nada quero achar
mediante o vazio em que se concentra meu
pensamento...
Ele não pesa
& nem se move
São haikais mínimos
escritos com cores
que não posso tomar da paleta das manhãs...
São versos
dispersos,
Silêncios infundos,
Gritos agruros,
Urros alhures,
Chistes de
saliva...
Eu fujo dos sons
& fujo das dores
Refugo o mesmo
tanto
que aceito os amores...
A paixão é um
sonho, onde sempre fiel ela volta...
& me faz redessaber
Que o saber é um
e
s q u e c i m
e n t
o
escrito com aquilo do que
se
faz o pensar...
A serpente,
sedutora que tudo sabe,
É somente uma
criança
que ensina a Arte... induz errar...
pelos labirintos do sonhar...
A serpente se
estende, se enrola,
rasteja... cobra...
Ela não morre
com seu salivar...
Sonhei que você era um livro
Tua pele tatuada
com os nomes de tuas filhas...
Tua pele alva marcada,
alvo dos pecados que você não cometeu...
Esta pele irá trocar...
Você
é a que não me escuta...
Você
é a que me esqueceu...
Você
é o além da imaginação...
Você
é a que cala as palavras...
Virgem
mãe de minhas inutilidades
Vaginal
fonte da liberdade...
Você
é o esquecimento
um repouso, um silêncio...
Livro
raro & repleto
de sendas impossíveis...
Pois em mais
ninguém além de você,
eu vi a pessoa neutra,
a quem chamei pelo nome mais vazio,
& amei o mais impossível!
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