Queria
te incomodar com beleza & arte...
...plantar
sementes de sonhos na aridez de nossos pesadelos.
Queria
viver de poesia & dos teus lábios...
...colher
toda paixão que plantei.
Queria
morrer de excessos & coisas inúteis...
Mas
como maldição,
você
deu ouvidos ao único conselho que lhe dei:
-Erre!
&
não prestou atenção na afeição...
Eu
tenho a vida já a mais pela metade
&
um espírito que é inteiro, mesmo despedaçado.
Esses
dias, a morte tem me visitado o pensamento
&
ela insiste que sentir é o mais importante,
seja
dor ou alegria, saudade ou presença, real ou imaginação,
Não
faz diferença no final:
O
peito foi feito para ser atingido por balas de canhão
Tempestades
em copo d’água são formas de ensaiar para o inevitável...
O
ser humano não é tão fraco, ele é da forma da dor & do prazer.
Queria
afirmar todo sim... mas tive poucas chances
de
fazer da distância chance de se olhar mais auroras no caminho...
Queria
sempre seguir em direção à minha estrela... mas ela sempre dorme no ocaso...
Queria
reafirmar meu pacto com a paciência...
mesmo
sabendo que ela é só desistência de exasperação...
Agora
vou comemorar, mesmo só, o dia em que você nasceu...
A
morte enfim é uma festa!
Eu
tenho esse mau hábito de crer em mágicka
&
ver que essas coisas sempre encontram um jeito de funcionar,
Toda
noite eu mexia em cada ferida que me causei
para
não deixar nenhuma porta para você entrar se fechar,
seja
ilusão ou desperdício, loucura ou ritual, se assim te faço bem ou muito mal,
Não
faz diferença no início, a vida foi feita para acabar.
&
eu não vou dar a chance de definhar algo que eu sei ser imortal,
a
farsa ainda é a melhor forma de tolerar a existência!
Essa
é a minha arte, esse é o espólio do seu exílio.
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