Tenho
um livro que às vezes, simplesmente por ser vivo,
some da minha
instante...
mesmo sendo meu... ele é livre & amante...
Eu
não sei aonde ele vai que não fica ali constante, como convém,
aos livros que
resolvi guardar...
para reler... & decorar...
É
um livro de poemas
os primeiros que,
um dia, li cheio de encanto apenas...
iniciado... na possibilidade da poesia...
Foi
ele que me fez querer, além do beijo de uma galega,
compor poesia
também...
sem ter medo de rimar... & me expor...
Não
sei! Acho que esse livro viaja para algum além quando, em entremeios,
a própria poesia
me escapa...
como o folego... despacho....
É
que hoje eu o procurei, pelo peito cheio de muito estar
ausente de mim
também o coração...
& a vontade de continuar, mesmo
assim... compor Você & Eu...
Segui
então sua trilha de vacância em vacância por entre cada livro empoeirado
pela ânsia de não
serem lidos...
deixados... no rodapé da vida...
Mas
o meu livro de poemas do Vinicius foi novamente visitar o sumiço
da vontade nunca
tida de não-te-amar...
à distância mesmo... mesmo como poesia só...
Deve
estar em algum lugar, um bar, uma arca, um quarto de amar,
uma casa de número
107, onde eu também devo ir, por crer
que é possível
à todo mundo amar... com ardor de Amor
Demais...
Meu
livro de poemas não quer sumir, ele só quer me mostrar o modo poético de ser,
amar é nunca negar
que as coisas do coração são assim...
estão & não estão
aqui... por habitar não estantes...
mas Sentimentos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário