Explanação
acerca do Portfólio
A
ideia deste ensaio imagético surgiu com a busca iniciada em trabalhos passados,
onde em uma série de ensaios com temas filosóficos-poéticos procura-se romper com a repetição do discurso e das ideias...
Este “portfólio” de trabalhos gráficos é um avanço nessa direção,
compondo uma obra imagética munida de imagens que simulam movimento de dança
baseadas no alfabeto grego transliterado para o latim, é o que chamo de
“Alfabeto-Dançante Vultur-Ariacna”.
Essa obra de emanarte é também uma sequência do manifesto “Vultur”, que
defende a obra de arte como emanação fisiológica & pneumática por parte do
ar-tista, o Vultur, e é também o prelúdio para uma obra a ser publicada em
futuro próximo, um romance-vultur de amor-fati, que conta uma breve história de
uma paixão trágica.
Aqui, para dar presença à esse Alfabeto-Dançante, invoco a mitológica
Ariana, ou Ariadne, do mito do Minotauro e Teseu, que é representada justamente
como a “dançarina” aracnídea das ilustrações. Nessas paragens ela já está em
companhia do Vultur, o abutre dionisíaco que a conduzira, como psicopompo à
ilha de Naxos, onde será coroada rainha por Dionísio, e iniciada nos mistérios
do além-amor.
Enquanto o Vultur faz sua aparição como o abutre, aquele que vem para
ver, ouvi e transmutar o mito, rompendo com a significação do mito em si e
implementando mais uma “novidade”, que é justamente a questão da Linguagem, que
expande o que já foi dito no manifesto Vultur. Os interessado podem ler mais a
respeito no ensaio anterior disponibilizado ao público em
www.texturadoabismo.blogspot.com.br (in CodexTexturial).
Neste presente trabalho não há nenhuma intenção de refletir, prolongar
ou acrescentar nada ao mito, além de ser um simples trabalho gráfico, emanado e
exposto (pois os parâmetros emanativos usados aqui serão usados na referida
obra futura) sendo este trabalho apenas uma apresentação dos “porquês” deste
tipo de composição, que não caberiam na próxima obra.
Assim, este portfólio é apenas um prelúdio gráfico ao que virá,
introduzindo graficamente, para reflexões mais tardias, sobre a relação da
língua escrita, o pensamento e a dança.
O
que fica aqui é a apresentação deste Alfabeto-Dançante, com breves e aleatórias
composições nessa dança-língua, complementadas com um poema final onde se expõe
algumas possibilidades emanatórias.
Micro-Obra:
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