Duas vezes adormecido,
eu o sei
pelas vezes que despertei...
Vi a Lua
à Oeste
& o mínimo clarão da Estrela
que com ela ia...
Na madrugada
não procurava nada
& encontrei tudo...
Vi no Céu,
que não era seu,
a certeira divisão do espaço
de onde era dia raiando
& onde ainda
era noite profunda...
& lá onde era mais escuro
via a Lua & a Estrela
que dançava com ela...
Duas vezes adormecido
eu o sei,
mil vezes, uma eternidade,
esperando despertar...
Fiz com que me incomodasse
o suave clarão da Lua
& o som do movimento da Estrela,
leve, que baila longe
para fazer-me reparar
todo meu bem & meu mal
ou antes, você & eu...
Tudo isso,
solidão adentro
do tempo cindido
pela noite & mais noite ainda
que já eram dia...
& então redespertar,
sem nada nas mãos,
para voltar a compor
meus versos de amor por você...
Tem que tornar
a própria madrugada
menos pesada,
& trazer tudo para manhã
mais uma vez...
Eu sou a Aurora
& a mais Escura Hora
de mãos dadas...
Eu sei! E você?
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