Toco a língua no céu da boca
& roço a Galáxia que ali gira,
Seu sabor quirilico lácteo
eu engulo...
Guardo de boca fechada
as cem mil constelações
inscritas no mapa
por onde te persegui...
& se nos encontramos aqui
foi só por aquele abraço
& o laço perdido de beijos
que nessa vida não vou te dar...
Toco no céu da boca
a marca da sua falta,
Aquela de todo fim
beijando seu princípio...
Escondo na abóboda verbal
a nutrição sideral
Da tua boca,
do teus seios...
25 de fev. de 2020
19 de fev. de 2020
A saudade sim...
A saudade sim,
é um rio que entro duas, três, mil vezes,
para me afogar...
Queria uma distância
se for mesmo verdade
que viemos aqui só para sentir...
& nas curvas desse ficar
não há como se perder
do encontrar...
Longa a história
desse tão curto sonho
que seria melhor não acordar...
Amarrar as lembranças
na correnteza sinuosa
do esquecimento...
Eu só queria mesmo
que a saudade tivesse sabor
da esperança... da esperança...
Assim saberia dormir
assim ignoraria a vigília
& me reencontraria com tudo que se foi...
é um rio que entro duas, três, mil vezes,
para me afogar...
Queria uma distância
se for mesmo verdade
que viemos aqui só para sentir...
& nas curvas desse ficar
não há como se perder
do encontrar...
Longa a história
desse tão curto sonho
que seria melhor não acordar...
Amarrar as lembranças
na correnteza sinuosa
do esquecimento...
Eu só queria mesmo
que a saudade tivesse sabor
da esperança... da esperança...
Assim saberia dormir
assim ignoraria a vigília
& me reencontraria com tudo que se foi...
2 de fev. de 2020
&strañeiro
A estrada é a bandeira do estrangeiro,
& não há fim o incômodo
desse todo lugar-incerteza,
dentro do desprezo-universo
para com a lida, o trilhar
por estar...
A estrada não é de ida, não é de volta,
Ela é o contorno por tantos abismos
quanto são possíveis as inadaptações...
Linha reta, linha curva, curso rôto,
há tantos detalhes
que se resumem à nada... mapa do então...
Atalhos inúteis.
Pois nela tudo se perde...
a estrada... entranhas... estranha...
Nela tudo se vai... & vem... estada, partida,
Apátrida fronteira
que não se sabe o lado que está...
Na estrada, todo ponto é partida
& chegada,
É tudo exílio & casa!
Cada metro um ganho & perda,
seu resultado são só saudades...
A estrada só diz ao estrangeiro:
-nós sempre abandonamos
& somos abandonados!
& não há fim o incômodo
desse todo lugar-incerteza,
dentro do desprezo-universo
para com a lida, o trilhar
por estar...
A estrada não é de ida, não é de volta,
Ela é o contorno por tantos abismos
quanto são possíveis as inadaptações...
Linha reta, linha curva, curso rôto,
há tantos detalhes
que se resumem à nada... mapa do então...
Atalhos inúteis.
Pois nela tudo se perde...
a estrada... entranhas... estranha...
Nela tudo se vai... & vem... estada, partida,
Apátrida fronteira
que não se sabe o lado que está...
Na estrada, todo ponto é partida
& chegada,
É tudo exílio & casa!
Cada metro um ganho & perda,
seu resultado são só saudades...
A estrada só diz ao estrangeiro:
-nós sempre abandonamos
& somos abandonados!
1 de fev. de 2020
●○
Em todas as direções, sempre contornando o abismo... Não há barreiras, não há grandes muralhas... A vida... é esse rondar... De um lado para outra sob a luz do impossível...
Se tudo isso existe, é só porque pode. Não há respostas, nem finalidade... Existir é uma série de acaso a se preencher de sentidos passageiros...
Mas há uma luta, há uma revolta, por entre o abismo que nos cerca...
Felicidade! A capacidade de abraçar o nada... Diante da constante luta entre os opostos... que se traem & se complementam...
Sonho & vigília da consciência... batalha entre experimentar & esquecer... justa injustiça do estar-aqui...
Se tudo isso existe, é só porque pode. Não há respostas, nem finalidade... Existir é uma série de acaso a se preencher de sentidos passageiros...
Mas há uma luta, há uma revolta, por entre o abismo que nos cerca...
Felicidade! A capacidade de abraçar o nada... Diante da constante luta entre os opostos... que se traem & se complementam...
Sonho & vigília da consciência... batalha entre experimentar & esquecer... justa injustiça do estar-aqui...
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