A estrada é a bandeira do estrangeiro,
& não há fim o incômodo
desse todo lugar-incerteza,
dentro do desprezo-universo
para com a lida, o trilhar
por estar...
A estrada não é de ida, não é de volta,
Ela é o contorno por tantos abismos
quanto são possíveis as inadaptações...
Linha reta, linha curva, curso rôto,
há tantos detalhes
que se resumem à nada... mapa do então...
Atalhos inúteis.
Pois nela tudo se perde...
a estrada... entranhas... estranha...
Nela tudo se vai... & vem... estada, partida,
Apátrida fronteira
que não se sabe o lado que está...
Na estrada, todo ponto é partida
& chegada,
É tudo exílio & casa!
Cada metro um ganho & perda,
seu resultado são só saudades...
A estrada só diz ao estrangeiro:
-nós sempre abandonamos
& somos abandonados!
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