Vai chegar um momento na vida,
depois de milhares tardes de Domingo,Que vamos ter que reinventar
o sentido dos dias,
& gritar contra toda uma falsa calmaria,
mecanismo que faz tudo reiniciar
pela forma semântica da semana...
Pois submetidos aos sete até o Deus foi,
& o descanso não passa de um fôlego
no afogamento deste soma temporal
que nos descama,
Ao que a tarde de Domingo
sempre se parece com o mais próximo
de um momento fora do tempo,
quando morre qualquer esperança
de algo realmente ser diferente
de agora para frente!
É quando a mesmice salta de novo sobre nós
& finalmente afogados nesse silêncio,
cheio do medo pelo que retornará:
Labuta, batalha, sustento,
celebraremos então cada dia
como uma suspensão não do Tempo para o outro,
mas do Espaço que é só nosso,
Pois todos os dias
são dias de sol, com a noite além,
& os dias finalmente,
não pertencerão à ninguém!