Em nosso imaterialismo
a mente à derivacomo monolito a orbitar
cacos de mundos, acima
um satélite de consciência
que perdeu a rota,
é impossível naufragar nesse nada
são só saudades, vislumbres,
em um exílio sem tempo nem lugar...
Tão alto, maior a queda,
que nunca chega
& há de começar
para quando cair, nunca mais parar
como a Terra em volta do Sol
& as quatro luas que vieram o chão beijar
& o Sol que baila
em torno de um poço sem fundo
é toda nossa sina a retornar...
Lá fora, no escuro, coisa profunda,
o silêncio & o silenciar
da mente que não pensa
repetindo que no início
não foi a luz nem foi o mal
mas foi o peso do nada a não se suportar
que fez tudo começar,
desde o átomo até o desmoronar
da matéria & do corpo a amar.
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