Carrega a linha imaginária da fronteira
ali entre um passo & outro
o limite da subconsciência...
Depõe a sensação de exílio
suspende, na pedra que imola
o vício do silêncio
& zanza entre aqui & ali
com cantos & sussurros
borbulhando nos pés secos.
Olha para o Espaço
como olha duas faces da moeda
& aprecia mais a sorte da cara
do que o desvalor da coroa
Entretanto, diferente do metal
cunha ainda um terceiro lado
cara, coroa, coragem...
& deita com o Tempo
sem hora para se levantar
Mas surpreende a aurora
endossando a fogueira
enquanto ergue acampamento
para partir
Rumo a outro lugar nenhum.
Parte
cara, coroa
Racha
a trinca dos pés
Junta
Tempo & Espaço no passo
& anda
sem pressa
não há onde chegar
Tudo é
um imenso retorno...
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