A música está tocando
mesmo antes da orquestra começar
& a loucura dá as notas
para um rodopio no abismo salão
Nenhuma surdez faz ignorar
o apreço que a sanidade
tem pela distância
& pelos corpos em conjunção...
O espaço é tudo que existe
& mesmo assim cada um tem seu tempo
Para a dança, para tudo
enquanto a mente se cansa
Dos ritornelos em torno do mesmo
tempo de ação & reação
Eu dobro, contorço
sob o peso das sensações...
A música não para
mesmo sobre o bem administrado preço
inumano da razão
É o passo do espírito
de volta ao começo
É a dor que não para
nos pés do dançarino
& no coração disperso
na sensação de exílio do andarilho...
A música se condensa
é forma, vazio, propensão
Ela quer a dança, a cópula
a inexpressão
Exata como um & um estão só
quando não se movem no mesmo ritmo
na mesma pulsação
O que toca antes se tudo
foi & ainda é
o coração...
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