O tempo
nas costas da tartaruga
pesa tanto
quanto cada passo que dá
O peso do tempo
é não deixar nada no lugar,
Cascos que movem
pisando a terra
ou tocando o ar.
Como pode
algo feito de coisas tão velhas como nós
serem sedentos de novidade,
Mas não somos sedentos do novo
somos apenas insaciáveis
por medo da morte & carentes de vida.
Então... me componho
de tudo que a loucura do universo expeliu
mas dentre as partículas de bilhões de anos
Encontrar a centelha do amor
ainda é o novo
que sempre esperamos.
Assim a novidade
cavalga até nós
atrelada como nódoa no casco de uma tartaruga.
Mas disparamos rápido
sempre em direção contrária
Queremos tanto encontrar
que não paramos para esperar...
Tornamo-nos desesperados
& não esperançosos
como tudo que é velho deveria ser...
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