Distância...
Longe...
nunca
a necessidade foi tão presente....
& constatar
como a revelação de uma luz
saída da sombra
Que só a morte
pode realizar tal desejo...
Se nem o próprio deus
pode me seduzir
com toda beatitude de uma esperança
vaga como a sombra
saída de uma luz fraca
& inconstante...
Abraço o clamor da distância
dos passos perdidos por trilhas exiladas
da solidão das florestas
do frio espantado pelas fogueiras ermas
do encontro no silêncio das ruas esquecidas
& toda corrupção que nos completa
para além de todas as decepções
desse mudo imperfeito...
Os dias acumulados
condensam um muro de realidade
sempre à nossas costas nós empurrando
para o barranco de erros constantes
como se não fossemos imperfeitos como tudo aqui...
& essas desilusões concretizadas
como um fóssil
que se petrificou desde regiões isoladas
em eras abissais no tempo ido
são apenas a prova de nossa involução
Do caldo primordial grosso
de energia volvendo matéria
onde éramos
vírus ervas manada pedregulho
& agora exigimos distância
Longe
(de tudo)
desde nunca
(de mim)
até o sempre
(de nada)
enfim...
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