Oceanos beijam as areias
com tapas de ondas
logo nada aprisionadas em ampulhetas
Praias cheias de cadáveres devolvidos
moídos em alheias resinas
grânulos de tempo entre os dedos
Multidões de outrora ninguém
que esperavam o arrebatamento
até o último momento
Agora descansam
doando seu sal de lágrimas & ossos
entre ondas & pedras
Que se batem & arrebentam no trabalho
de transformar montanhas
em poeira do fundo do mar
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