Sou marginal
& às vezes penso
nesse crime que é a Poesia...
Desconhecida de quem a pratica
Cravada nas costas de quem não se fere
Irrelevante para as estatísticas
Desnecessária no fim dos acertos de conta!
...dores nas alturas onde nuvens se roçam...
Sou malfeitor
& às vezes peso
na balança da injustiça o que é a Poesia...
Nessa fuga forma de expressão
Neste exílio vazio de sentido alheio
Que falamos para dentro
& fugimos para fora!
Ou vice-verso tanto faz!
...flores nas rachaduras do concreto...
Sou salafrário
& descarto o peso do pensamento
na vida invertida sem moral e ética
. do desviver poético
Cruzando com as nulidades
Parindo os buracos-negro
Cometendo os crimes exemplares
Punido com a pena & o descaso normal!
...gozos das palavras postas para copular...
Serei o único bandido
a ter coisas & nadas
espalhados por aí...
Não só as palavras nuas ou ocultas
incultas ou possuídas pelo demônio
& pelo resto da ignorância das castas
Mas também a má fama rasgadas
diluída & cuspida pela língua dos outros
nas ruas & prédios prisões de cegos
& de todo rebanho
que pasta as próprias certezas
& nem me conhece...
Concreto por entre as rachaduras das flores!
Nuvens nas alturas das dores que desabam!
Cópulas de palavras estéreis que parem poemas!
O mar, o mal, o sal sobre a terra lotada prisão
& abandonada dos tempos sempre finais
cuja essa liberdade é meu verso & refrão...
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