12 de jul. de 2016

Koans da Quirilidade

Tem coisas que simplesmente nos atropelam
Outras que ignoram nossas vontades
Algumas que são impossíveis de ser

Implique com tudo
   menos com a Terra rodando...
Se revolte contra qualquer coisa
menos com a morte...
Ande na corda bamba
   ao menos se pensas com os pés...

A música das esferas é o som da queda
As certezas são  opiniões fulminantes
O caminho do meio não é uma estrada

& se não entendes do que eu falo aqui,
& vai piorar,
É porque tudo te falta para ser eu

Não te preocupe com o que te escapa
A luz com seus desvios nos envia para o mesmo lugar
Passado presente futuro são estados de humor do espaço

É irresistível fugir do sentido das coisas
Girando para esquerda
Tudo contraria o que te conto

Me dê só essa licença poética
De um Eon eterno
Para findar a munição de minha metralhadora de metáforas

Tanto assim me perdoe a gramática
Para mim ainda existem estórias
E minhas idéias ainda tem acento

Avexe-se rebolando na ponta das agulhas a língua dos anjos
La Madruga só será Aurora
Quando a Estrela da Manhã lhe abandonar
Adeus, Adeus, Adeus
Me lembra de Lennon
Antes da mão do apanhador

Poderia ficar assim no instante oco
Telegrafando insônia
Mas vou acabar...

Sua benção Burroughs
Cut Ups no escuro do quarto de pensar
 Live is a Killer, que o diga Hassan

Contra o muro da realidade
Berlim ainda faz ponte com Tóquio
Onde bonzos tontos meditam nesses koans da quirilidade.


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