Tempo água
dai-me de beber,
preciso me afogar...
Eu me encharco
do amor líquido
que minei
De dentro dos poros
torturados
pelo roçar da carne...
Dizem dos homens oceânicos
que perdem tudo que quiseram,
Que eles só tem a sinceridade,
inevitável,
Nua como veste
crua como pedra,
Assim sou eu
rio, nuvem, lágrima
Sem mar, chuva, choro...
Água tempo
da seca do amor próprio,
preciso me afagar...
Eu me banho
do amor líquido
que caiu como chuva
Por entre os poros
ressecados
pela seca do coração...
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