Teatro da vida
devida, nunca paga, sem créditos
Drama das Quintas-feira
seu corpo, quase incorpóreo
sem sorriso, sem acesso
Nos excessos que provamos
para nossa secreta desaprovação...
Sobe as cortinas
encena uma tragédia
Brinda à Baco
no vácuo que deixamos
para a platéia que assiste
Na simulação bem ensaiada
que é nosso "olá!" & nosso "adeus!"
Teatro da vida
rolando paus & pedras ladeira acima
Cada um, um bode expiatório
do que desejou
& finalmente conseguiu
Inutilidades desapercebidas
quando todo sentimento só vale enfim, o cançasso de recomeçar a amar...
Baixa as cortinas
corta os dias, semanas...
Agora já medimos o que passou
pelo silêncio em cena
até ficar insuportável
Não vamos ter aplauso
nem beijo de despedida, por abandonar o palco.
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