Na cidade congelada
A inércia das estrelas mortas
Me empurrou para uma sombra na noite...
Ali, nem os fantasmas do meu passado
Me reconheceram
& pude partir leve
Sem muito o que carregar...
Rondei por entre as vias em contramão
Relegado só à solidão
& me perdi por entre
Todos os lugares que eu sempre conheci
O fantasma sou eu...
Por entre as ruas da cidade
No meio das pessoas vivas
Por entre as paredes da realidade
Eu passo & ninguém me vê...
Busco túmulos incertos
Para repousar meu corpo cansado
Procuro por tumbas recém abertas
Para sepultar minha querência
Covas coletivas
Onde meus pedaços se misturem
Com todo o resto violentado
& estraçalhado
Das fantasmagorias que ainda virão...
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