sei
amar
lenhar
sabes
amar
cavar
arvorar
o
alvoroço
dessa
voragem
dura
rocha
que
exige explosão
para
chegar ao veio do teu ouro
ouro
de tua tez
couro
de tuas nádegas
c/ouro
de tuas flores
machado
no
estéreo da madeira
invariavelmente
tomba
explosão
de
barrancos altos
que
destroçam
como
impera primeiro
&
depois beija a lona
do
lençol
édo
mesmo gosto
das
mordidas fortes
que
dedico ao seu torço
&
dos gritos leves
do
mantra louco
do
teu gozo
sabemos
amar
machucar-nos
marcaros
membros
trilhasde
unha
desde
onde mais vibra
o
fulcro
que
massageio
pra
te fazer girar
o
arremedo flácido
que
brincas
como
saco de doces
suor
inflamável
libação
me
fazer doer
de
tanto contato
com
a carne
ferir
a febre
que
se instala
no
órgão inútil que somos
se
não posso entrar em você
se
não podes acolher-me
se
não podemos queimar
pelos
olhos
pela
flor
pelo
talo
ofuscar
com
a escuridão lume
do
toque no corpo inteiro
tatuar
o tato
escarificar
os sentidos
escalpar
os pelos
ferir
com
meu abraço
tuas
costas ósseas
me
sugar
faminta
para
dentro do campo sem lei
apertar
com
toda força
os
pontos que amamos
como
se odiássemos
não
ser parte um do outro
o
que pertence a cada um
explodirmos
em
um gozo que nos arremessa
no
limbo
&
nunca acabar...
nunca
acabar...
nu
acabar
você
não reclama
quando
digo‘te amo’
sóquando
te penetro
&
te amo demais...
me
dê mais...
sempre
mais...
eu
não exijo nada
pois
já me dá tudo
menos
motivo para parar
vai...
vem...
assim...
não
é ‘sim’
sim
é ‘sempre’
sempre
é ‘agora’
é
o trato
da
madeira com o fogo
do
machado com o sândalo
o
fátuo
o
fado
ardor
do ato
mesmoesfacelados
encontrara
dureza macia
que
desaba a cada prazer
é
somosmatéria
para
o fogo queimar
tumadeira
viva
euaço
de cortar
gozamosmagma
se
move esguia
&
tenho que agarrar
paraencontrar
o choro
momento
que assusta
&
tememos
o
prazer-fera num canto escuro
natural
sofisticado
sobrevivente
desde
que tombamos
um
objetivo alastra & recolhe
incêndio...
foder
é da natureza do amor
que
só deve a si o fogo eterno
que
queima no vácuo entre os corpos
fome
foço
fogueira
trindade
você,
eu,
nada
copula
gozo
êxtase
que
quer destruir
queimar
o universo
até
que tudo se torne pó
se
não podemos ser eternos
que
se deite em cada caso
oque
aprendemos com a lógica do ocaso
somos
infinitos em cada orgasmo
&
tão findos que podemos enlouquecer
de
tanto receber o que cada um desperta no outro.
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